Buenos dias, Rivera!
Hoje estive no
Uruguai. Achei que, apesar de ter um texto pronto, poderia encontrar alguma
inspiração por lá e escrever algo melhor. Enganei-me. No entanto, pude ver algumas
coisas e gostaria de compartilhá-las aqui.
Logo ao cruzar a
fronteira, vários vendedores falando um
portunhol quase incompreensível me cercaram. Vem um, que logo são dois e quando você vê
já está quase prestes a erguer as mãos e entregar a carteira. Eles me lembraram alguns
jornalistas que todos já estão cansados de saber quem são. Sempre nos
empurrando muamba marca diabo.
Também me chamaram a
atenção as ruas da cidade. Brasileiro vive reclamando das ruas. E se eu disser que lá
sequer tem escoamento? Com a chuva que caia só faltavam pinguins deslizando
por elas, tamanho eram as lagoas que se formavam ao redor. E lembrei-me de alguns torcedores: aqueles para quem nada está bom! Melhor não entrar em detalhes , assim
evitam-se polêmicas.
São comparações meio toscas eu sei, mas, achei interessante
fazê-las.
Sem mais delongas, vamos ao
post.
Futebol não é jogo
Duvido que você nunca tenha ouvido falar, ou que
nunca tenha jogado FIFA ou PES. Se sua situação é essa, iiih... Nesses jogos,
tudo se resolve em minutos. O treinador é jogador, diretor e torcedor. Já no
futebol o treinador é só... o treinador. Muito provavelmente, quando se perde
uma partida em um jogo desses, nos estressamos. E quanto mais perdemos mais irritados ficamos.
O técnico pensa no seu emprego, reputação e salário. Nada mais. O futebol não
é só emoção, não acontece só dentro de campo. Em um time de futebol, o psicológico de
mais de trinta , ou talvez , de mais de cem pessoas trabalha ao mesmo tempo. Se tudo não estiver em sincronia,
perfeito e lubrificado as coisas não rendem.
O time é como um
relógio: cada engrenagem faz o seu papel. E a exemplo do Corínthians, não é
necessário ter engrenagens de ouro para vencer, mas apenas ter todas em
bom funcionamento. Para que luxo se o simples pode funcionar?
No videogame não é
assim. Ao perder o jogo, volta-se ao menu, abre-se o "save" de novo e, se for
preciso, usam-se umas trapaças no jogo para trazer o Messi para o time. Qual o problema? O
Barcelona nem vai sentir falta. No seu jogo não tem torcida, não tem cobrança além
é claro da sua própria. E mais, o que diferencia um time de outro? Cores, patrimônio,
estádio e o nível, o ranking ou como queiram chamar. Nada de extracampo, nada
de história ou de emoção. Os jogos nos prendem. Mas futebol não é jogo.
O futebol tem sim
o seu diferencial, tem a sua estrela. Afinal, é o maior esporte do mundo e isso
não é por mero acaso. No futebol, o que diferencia um time do outro é a
torcida, a história, a raça. É isso que o faz ser diferente e superior
a um simples jogo.
Pronto, chegamos onde eu
queria chegar: os pontos que diferenciam um time de outro no futebol. É aí, meus amigos,
que o Grêmio tem um grande destaque. Aliás, calma lá! Um não, vários.
Somem
comigo: diretoria multi-campeã + jogadores experientes aliados a alguns jovens
talentosos + técnico vitorioso + torcida (provavelmente a mais tradicional do
país) + estádio ultramoderno + tradição e canecos + rival mazembado = ?
Aqueles que estavam duvidando me digam
agora se concordam com o resultado deste cálculo = Títulos. Esse é o resultado:
(Títulos com "T" maiúsculo). Por fim arrisco uma última pergunta em
tom de provocação: alguém quer jogar?