18 de agosto de 2013

O papo furado do Hernández [26]: Bipolares?

Ele é oportunista. Não tanto nem tão bom quanto o Barcos. Muito menos necessário como o Barcos. Mas foi o Grêmio ganhar 3 vezes seguidas e ele voltou. Segue então o papo furado do Hernández. Que até me surpreendeu pela qualidade.
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Com a glória de Deus tivemos 3 vitórias seguidas e somos, sim, candidatos a sonhos mais altos e palpáveis.

Três vitórias consecutivas com um ataque que encontra o caminho do gol e uma zaga que se ajeita, por enquanto, aos poucos. A desconfiança se dissipou como a névoa matutina do inverno e dá lugar a um sol de esperanças, brilhante, aquecedor e acolhedor.
Porém, depois do jogo contra o Coritiba, muitos já faziam as contas do rebaixamento, reclamavam de Barcos, Kléber, Koff, do cachorro quente da Arena, do tipo de grama escolhido e do Pará. Ok, do Pará é permitido falar mal, talvez assim ele continue se esforçando para ser só ruim, e não um desastre fardado. Outros esfregavam as mãos, visualizando o 14º turno das eleições do ano passado. Pode acreditar, ela ainda não acabou.
Pois bem, o futebol é dinâmico, é "flutuante" e é, por todos esse motivos, um meio de deixar as emoções aflorarem, e é aí que entra a bipolaridade. Termo novo, para distúrbio novo que no meu tempo era tratado com uma boa de uma tunda pra deixar de frescura. Acontece que todos nós nos tornamos bipolares com o Grêmio.
Seja por essa década maldita, seja pela falta de títulos, seja pelo que seja... Andamos mais desconfiados que gato em faxina. Qualquer resultado considerado pelo inconsciente coletivo como "ruim" é motivo de desespero, de lutar para não cair, de achar que tudo vai dar errado e de entregar os pontos e desistir, fazer promessas de não ir mais ao estádio e de se ocupar com um hobby qualquer durante o jogo.
Em contrapartida qualquer resultado bom nos deixa eufóricos, achando que vamos ganhar de qualquer um que apareça na nossa frente e que golear é obrigação do time. Patrolar é a palavra de ordem e o estado anímico parece fazer faltar oxigenação no cérebro. Aí começam a confusão mental e fuga da realidade.
Futebol é imprevisível, não se esqueçam disso. Perderemos e ganharemos até o fim do campeonato, sempre torcendo para que a segunda opção supere a primeira de forma contundente.
Sabendo disso tornamo-nos sensatos, e tendo sensatez a bipolaridade fica como prêmio para os que nada entendem de futebol!