17 de setembro de 2015

Avalanche Tricolor: vitória deixa o Grêmio na briga pelo título

Por Milton Jung

Atlético(PR) 1×2 Grêmio
Brasileiro – Couto Pereira/Curitiba


Time comemora o gol da vitória em Curitiba (foto Portal Grêmio.net)
Time comemora o gol da vitória em Curitiba (foto Portal Grêmio.net)

Dos gremistas que andam por São Paulo, é o Sílvio quem compartilha comigo as percepções sobre o Grêmio com mais frequência. Praticamente toda a semana trocamos telefonema para falar de nosso time, em geral nos dias que antecedem a partida e, com certeza, no dia seguinte. Hoje não foi diferente, e quando o Sílvio me ligou querendo saber o que seria desta noite, em Curitiba, não tive dúvida em dizer que era o jogo definitivo.

Explico porque resposta tão drástica (ou definitiva): depois de duas partidas sem vitória, de vermos o líder do campeonato se distanciar e, principalmente, os demais concorrentes à vaga para Libertadores se aproximarem, teríamos pela frente duas disputas fora de casa. Vencer, hoje, poderia não nos deixar mais próximo do topo, mas nos manteria na briga do título, fora do alcance daqueles que vêm logo atrás e, fundamentalmente, dentro da Libertadores. Perder ou empatar, além de revelar uma fragilidade que ainda não havia se revelado desde a chegada de Roger, passaria a se ver ameaçado por uma quantidade grande de times que vêm reagindo nas últimas rodadas.

O que vimos no Couto Pereira foi a manutenção de um futebol que tem sido jogado desde que Roger assumiu o Grêmio. Até tivemos momentos de baixa produção neste campeonato, mas o tipo de jogo imposto pela nova gestão se manteve durante toda a competição: intensa troca de passe e movimentação de jogadores, além de marcação eficiente desde a área adversária. Isso se repetiu nesta noite, mesmo diante da forte pressão. Até poderíamos ter ficado mais tempo com a bola no pé, mas houve um ingrediente que me chamou atenção e agradou muito: privilegiamos o passe para frente em detrimento do recuo de bola. Isso faz com que o time se torne mais ofensivo ainda e fique mais perto do gol.

Os dois gols que assistimos foram resultado do mesmo tipo de jogo. Deslocamento de jogadores com troca de posição constante, confundindo a marcação, e passes precisos que deixaram nossos atacantes na cara do gol. Tudo isso se somou a categoria e a tranquilidade com que Douglas e Luan concluíram as duas jogadas fatais.

Em resumo: estamos na briga!