21 de setembro de 2015

Pedro Geromel é imprescindível

Após os últimos jogos, para mim pelo menos duas coisas são definitivas e certas hoje no time do Grêmio:


Na bola aérea, Geromel é absoluto.


1) Pedro Geromel é imprescindível;

2) Fernandinho é jogador de segundo tempo.


Depois da lesão que afastou o zagueiro Pedro Geromel dos gramados, a equipe do Imortal Tricolor não vem conseguindo manter o desempenho de partidas anteriores. Não me refiro apenas à parte técnica, mas também à liderança dentro de campo. Geromel faz o papel de bússula. É ele quem dá a direção que o time deve seguir durante o jogo. Ele contamina todo o elenco com sua eficiência, vontade e garra. Praticamente não erra , é seguro e transmite muita confiança aos companheiros. Seu desempenho é tão bom que extrapola as quatro linhas. Com muito trabalho, seriedade e dedicação ele conquistou o coração da torcida que, desconfiada,  fez muxoxos na época de sua contratação e até corneteava dizendo que seu nome parece marca de xarope para a tosse.  Tudo flauta dos apressadinhos que não aguentam esperar. Colocam o carro na frente dos bois e mais tarde pagam mico. Alguém que era capitão do time  na Alemanha não pode ser considerado um profissional incompetente. Só sei dizer que é muito bom vê-lo em campo e arrisco afirmar que é o zagueiro com melhor futebol hoje no Brasil.
Por tudo isso, junto com Luan, é um jogador imprescindível no time do Grêmio e a equipe se ressente muito da sua ausência em campo.

Por sua vez, Roger me surpreendeu por abrir mão de uma convicção. Considero o técnico gremista um profissional muito inteligente e tenho muita admiração pelo fato de ser estudioso. Mas não posso deixar de escrever sobre um fato que tem me incomodado .Todos os dias eu me pergunto: por que os técnicos de futebol são tão teimosos e gostam de inventar mexendo naquilo que está dando certo? 
O time do Grêmio estava afinadíssimo com Pedro Rocha de titular, com um  desempenho que chamou a atenção dos especialistas em futebol no Brasil inteiro. Dava gosto de ver a equipe jogar, com a tal "intensidade" e empilhando bons resultados.
E aí o que o nosso técnico faz?
Aquilo que todos os outros fazem, pois é muito feio inovar. Se todos os técnicos são teimosos, o dever é ser teimoso também.
A partir de determinado momento, Roger, sabe-se lá por qual motivo, começou a acreditar que Fernandinho cairia como uma luva no time e resolveu sacar Pedro Rocha da titularidade. 
Não, Roger!
Fernandinho é jogador para o segundo tempo, se tanto.
Nunca tinha visto um atacante que não chega ao ataque, não chuta em gol e não cruza bolas para os companheiros concluírem. Pois  é exatamente isso que o jogador faz: joga feito um lateral marcador. Se é para jogar assim, então que coloque no lugar um verdadeiro lateral marcador e não um atacante que não tem como ofício combater.
Esforço-me para entender como funciona o cérebro dos treinadores, mas confesso que tenho sido muito incompetente para consegui-lo.
Mas como não entendo nada de tática, vai ver  Fernandinho esteja desempenhando uma função que não tenho a menor idéia qual seja.