22 de fevereiro de 2013

Até quando, meu Deus...?

Esporte e lazer não combinam, nunca combinaram e jamais combinarão com violência.
Até quando pais e mães confiarão seus filhos a estranhos que patrocinam lazer e esporte e os receberão de volta embalsamados dentro de um caixão duro e frio?
Até quando irá a complacência com elementos anti-sociais que se transformam em marginais assassinos que escolhem estar em meio à multidão para extravasar sua irá e maldade?
Até quando a sociedade civil e organizada, pagadora de impostos e cumpridora de seus deveres será sobrepujada pela vontade de vândalos e bandidos que só fazem amedrontar as pessoas de bem que frequentam estádios de futebol com suas famílias?
Até quando o poder público, ineficiente e corrupto, compactuará com essa orda de assassinos malvados que nunca pagam pelos seus crimes?
Até quando teremos que rezar e pedir a Deus todas as manhãs para que nos devolva vivos ao final do dia para nossos pais e filhos?
Até quando os psicopatas sociais transitarão livremente, empunhando armas assassinas, desrespeitando a lei, a tudo e a todos, sem que esbocemos reação alguma?
Até quando crianças serão vitimadas por marmanjos vagabundos travestidos de torcedores que em nenhum momento pensam nas consequências de seus atos covardes?
Até quando os dirigentes patrocinarão torcidas organizadas sem compreender que isso é um tiro no pé e que nada acrescenta aos clubes de futebol?
Até quando o torcedor digno e honesto será refém dessa corja destituída de bons princípios?
Até quando, meu Deus, aguentaremos tragédia após tragédia, sem que nada mude e tudo se repita como um roteiro bem ensaiado de um filme de terror?
Até quando pessoas agirão como seres irresponsáveis, permitindo a perpetuação da violência e do descaso lançando  a vida de famílias inteiras num  abismo sem fim?
Até quando, meu Deus...

Paz sim, violência não.

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Perfil de ídolo

Pois eu confesso para vocês que eu não tinha real noção do futebol de Barcos. E confesso também, que pouco o tinha visto em ação. Por isso pensava se tratar de um jogador comum, do tipo que existem às pencas por aí, empresariados por agentes espertos e bons de lábia.Pensei tratar-se de um jogador mediano, com alguns lampejos bem sucedidos. Não mais do que isso. Mas não...  Confesso que me enganei. Mas para minha sorte, um doce engano.
Trata-se de um jogador especial , um jogador como há muito não via. Em um só jogo , ele encarnou o atleta dos sonhos: atacou, defendeu, correu, ocupou espaços, lutou, foi bravo, inteligente, guerreiro, focado e, acima de tudo, de um profissionalismo exemplar.
Que jogador, que atleta, que craqueza, que homem!!!
Ele tem o perfil de um ídolo!
Barcos é jogador para ficar dez anos no Grêmio, empilhando títulos e taças.
Por isso, o Departamento de Marketing do clube poderia olhar com carinho para a sugestão que lhes dou: confeccionar  bandanas de pirata com o nome de Barcos e tapa-olho com o escudo do Grêmio para vender como souvenir nas lojas GrêmioMania. Minha intuição indica que esses itens venderiam feito pão-quente em final de tarde fria e chuvosa. É receita de sucesso certo junto à molecada.
Barcos, esse é o cara!


"El Pirata",  chegou para brilhar.
     Fotomontagem da leitora VRB.