Caros
Meu último post, intitulado O Poderoso Chefão, atingiu a marca de 100 comentários, algo até então inédito, visto que meus textos costumam ser veiculados no final de semana, quando boa parte do pessoal não tem por hábito ficar em frente ao computador. O Seu Algoz já faz isso de propósito, pois se meus post´s saíssem durante a semana, aquele recorde de duzentos e poucos comentários seria facilmente batido (eheheh). Mas não é a quantidade de comentários que me deixa feliz, e sim a qualidade dos mesmos, reflexo do altíssimo nível da audiência do blog. Prova disso é que me abstive de escrever neste final de semana passado em virtude do excelente post de última hora do Roberto Minuzzi. A propósito, vi o jogo do Canoas contra o Imperatriz, onde o time gaúcho venceu por 3 sets a 0, sendo que o Minuzzi foi o maior pontuador da partida, anotando 12 pontos. Como um canoense de nascimento, fico muito contente e faço votos de que a equipe possa deslanchar de vez e colocar o RS novamente como protagonista no cenário do vôlei nacional. Parabéns ao Minuzzi, gremistaço e leitor do blog.
Isto posto, vamos à nossa cold cow: a atual situação do tricolor. Como sou cartesiano por natureza, sempre me atenho não apenas ao lado emocional do futebol, mas também ao lado racional do mesmo. Desta forma, mesmo que haja uma campanha massificada pregando que estaremos fora da Libertadores em caso de tropeço no próximo jogo contra o Fluminense (algo altamente plausível, visto ser um adversário forte que joga em casa), mantenho minha cabeça fria. Não que a situação, a desenhar-se desta forma, seja confortável, muito pelo contrário. Mas ainda assim há margem para a classificação. Muito mais difícil, sem dúvida, mas não impossível nem tampouco catastrófica. Casos como o do Vasco em 1998 e do próprio Santos em 2011 provam que, mesmo que a equipe tropece no início, há chance de recuperação e até mesmo de título. O que importa é passar desta primeira fase. E é aí que eu me refiro (parafraseando o Joca Martins).
Em 1978 Mario Puzo escreveu aquela que é sua obra favorita: Os Tolos Morrem Antes. O prólogo é genial e um dos melhores já publicados, pois de cara faz com que o leitor fique “preso” às páginas. Neste livro Puzo retrata a vida de Merlyn, um escritor que está adaptando seus escritos para o cinema. A história conta muito a respeito dos cassinos de Las Vegas e como as probabilidades influenciam o destino de todos. A banca paga e recebe, mas no final sempre vence. Merlyn passa conhecer o real mundo por trás das luzes de Hollywood e das mesas de bacarat, aprendendo que não é possível ser inocente, sob pena de não sobreviver ou seguir adiante. Leitura fascinante e altamente recomendável. Leia logo.
A afeição de Luxemburgo pela jogatina, em especial pelo pôquer, é conhecida até pelos girinos do Rio Gravataí. Como jogador contumaz, ele sabe que as probabilidades podem ser testadas, porém há um limite para elas. Não é possível segurar determinadas cartas nem liberar outras sem que o momento correto se apresente. Assim como a junção das cartas corretas é que fará com que a sequência seja vencedora, em comparação com seus adversários. Tudo para que não se abandone a mesa antes do tempo. Como os leitores do blog são inteligentes, não há necessidade de explicar a metáfora.
Todos estamos torcendo para o bem do Grêmio. Nem poderia ser diferente. Desejamos avançar na Libertadores e nos demais campeonatos que teremos pela frente. E por isso é que queremos uma equipe formatada de forma a vencer suas partidas. E não um grupo como foi apresentado na partida contra o Huachipato. Um grupo onde os jogadores, por sua postura em campo, foram envolvidos por um adversário que não é desprezível, porém é inferior, histórica e futebolisticamente falando. Um adversário que conhecia as cartas de que dispunha, sabia que seu jogo não era o melhor, mas soube dispô-las de forma correta e saiu vencedor. Neste confronto, aqueles que deveriam ser os protagonistas comportaram-se como tolos. E Puzo já adiantou, anos atrás: os tolos morrem antes.
Saudações Imortais