Atualizado as 19:11
O torcedor gremista tem que decidir o que quer da vida. Se o objetivo é o ruralito do Novelhaco e de juízes chamados de Chico Colorado, entupam a ouvidoria do Grêmio com pedidos para que se esqueça a Libertadores e para que o time principal seja escalado nos potreiros do interior para garantir esta grande alegria no final do mês de abril.
Se, por outro lado, quer ser campeão da América e do Mundo que haja de acordo com o desejo. Mande uma banana para este campeonatozinho de merda e de cartas marcadas e pare, mas pare mesmo, de cornetear os jogadores, muitos deles guris recém iniciantes que estão sendo juntados às pressas para cumprir carnê e formalizar este infeliz compromisso e obrigação que é jogar esta bosta aí.
Eu estou chateado por perder, porque não gosto de perder nunca. Mas estou com nojo de ter a obrigação de ler os comentários para liberá-los. Não quero cortar ninguém, mas está um saco.
Pitica e Arigatô assumam esta, porque eu não vou ler nenhum comentário mais sobre este jogo.
Juventude 2 x 1 Grêmio
Pré-jogo
Futebol é como a vida. Ou como os alcoólicos anônimos: um dia de cada vez. A euforia de ontem poderá se repetir ou se tornar depressão dependendo do que ocorrer no dia de hoje ou de amanhã. O Grêmio está se preparando para que tenhamos muito mais dias de euforia do que de depressão este ano.
Sem alarde, sem muita conversa furada. No jogo contra a LDU, Rui Costa assistiu o primeiro tempo há 3 metros de onde eu estava. Era visível a tensão dele. No intervalo desapareceu. Era fácil imaginar o que passava na sua cabeça. Aquele jogo definia um primeiro semestre rico ou um resumido a ruralito ou viagens ao glorioso Acre.
Nestes anos de profissionalismo no futebol, não se pode esquecer que Rui Costa é, acima de tudo, um torcedor do Grêmio. Ele está lá, fundamentalmente por ser gremista. E ele está lá também porque o presidente Koff teve a clarividência de perceber que ali estava um executivo brilhante e sério.
Penso que, definitivamente, morreram as poucas viúvas do Pelaipe e do Odone. E renasceram gremistas. Quarta começa uma viagem que promete.
Primeiro tempo: 0 x 0
O gramado do Alfredo Jaconi é um potreiro. E os primeiros 15 minutos o Grêmio gastou tentando se adaptar. O Juventude tinha o domínio mas não criava nada mais sério. Aos 15 minutos Grohe fez uma bela defesa na cobrança de uma falta. Aos 17 Tony entrou driblando mas bateu fraco. Foi a primeira boa jogada do Grêmio.
O Grêmio equilibrou mas também não criava. E William José caiu de maduro ao matar uma bola no peito. Aos 28 minutos o goleiro pisa no Deretti mas Batista e um outro otário da Gaúcha disseram que ele nem encostou.
Ao 32 minutos Grohe fez outra defesa muito boa. O time ainda tentou algumas coisas mas foi totalmente inoperante no ataque.
No primeiro tempo a defesa foi muito bem, com destaque para Alex Telles e Ramiro. Em compensação o ataque foi um deserto de talento. Yuri até tentou alguns lances, mas não foi criada uma única chance de gol.
Segundo tempo: 1 x 2
O segundo tempo começou com Bertoglio no lugar do William José, o que deu um alento novo ao torcedor. E na largada o gringo fez grande jogada que Mamute cabeceou no travessão. Eram 3 segundos. Aos 3 minutos, grande jogada de Tony e esta Yuri não errou.
O time voltou bem melhor no segundo tempo e nem o juiz, o famoso Chico Colorado conseguia atrapalhar. Firme atrás e com Tony acertando todos os cruzamentos. Aliás, do nada, Pará e Tony se tornaram laterais na mesma semana.
As chances de gol começaram a aparecer. Mas aos 14 minutos um susto. Grohe fez defesa espetacular e no rebote o Juventude chutou no poste. Isto depois do Chico Colorado deixar o jogo correr com Yuri caído há mais de 2 minutos no campo.
Deretti perdeu uma boa chance e na sequência, Grohe salvou mais um. Aos 30 minutos quase o empate, mas a bola foi para fora.
Aos 32 Chico Colorado conseguiu o que queria. Inventou um pênalti para o Juventude empatar. Batista disse que Alex Telles caiu, não foi proposital mas foi falta. E ele ganha para dizer estas coisas.
Se o pênalti foi inventado, o time havia parado desde os 25 minutos e parou mais ainda depois do gol. E levou a virada logo depois do Marcantonho errar um gol feito. Não sei porque insistem em escalar este rapaz.
Antes do fim ainda foi uma bola na trave do Juventude, mas ficou nisto.
Faz bem a direção em abandonar este campeonato. Não é séria uma federação que tem um presidente conselheiro de um time e dono de outro. E que põe a campo para apitar um funcionário de sua empresa famoso pelo apelido que o liga ao time de coração.
Engraçado que todos os estádios, campos e potreiros do mundo podem ter setores sem cadeira, torcedores em pé e avalanche. Menos a Arena, moderna como quase nenhum outro é. Alguém explica esta incoerência?
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Como jogaram:
Marcelo Grohe: Duas boas defesas no primeiro tempo. Mais duas grandes defesas no segundo. Não teve culpa nos gols.
Tony: Autor da melhor jogada de ataque no primeiro tempo. Não comprometeu atrás.
Bressan: Firme.
Werley: Falhou em algumas bolas aéreas. Não merece voltar ao time titular.
Alex Telles: O melhor da defesa. Foi expulso no final.
Fernando: Bem como sempre.
Ramiro: Muito bem defensivamente.
Marco Antônio: O de sempre. Até apareceu um pouquinho mais. Sujou a roupa e arrumou um tufo de grama quando este se soltou. Errou o gol que diminuiria o prejuízo causado pelo juiz ladrão.
Jean Deretti: Discreto no primeiro tempo. Apareceu um pouco mais no segundo. Perdeu um gol.
Yuri Mamute: Está começando a mostrar que tem futuro. Cresce a cada jogo.
William José: O que tinha mostrado de avanço no jogo anterior, recuou o dobro hoje.
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Bertoglio (William José): Mudou o time. Depois parece ter cansado.
Lucas Coelho (Yuri): Nem suou.
Guilherme Biteco (Jean Deretti): Não fez nada.
Pofexô: Se Yuri não estava machucado errou na mudança.
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Juiz: Francisco Silva Neto: Este é o famoso Chico Colorado. Nada mais a comentar meritíssimo.
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Aproveito para mostrar a última pesquisa sobre o tamanho das torcidas.