3 de setembro de 2012

A Kleber o que é de Kleber

Tem alguns, que pelo seu passado, podem fazer o que quiserem que são inimputáveis. Já outros, pelo passado, podem levar vida de monge que são condenados. Kleber está neste segundo grupo. Alguns narradores passam o jogo todo pedindo cartão para Kleber mesmo quando a bola está do lado oposto ao que ele está no campo. Poderíamos chamar de cartão preventivo. Dá de uma vez que ele a qualquer momento vai merecer. E há também juízes que entram em campo com a única dúvida sobre o minuto em que amostrará o amarelo e, quem sabe, o vermelho para Kleber.

Kleber tem um estilo de jogo em que busca o choque, o confronto físico. Kleber tem (ou será que tinha?) pavio curto.

O Kleber do Grêmio tem tido quase o comportamento de um monge. Mas continua recebendo o tratamento devido a um marginal.

Por conta disto pode-se dizer que ele foi imprudente ao entrar forte no jogador paulista no sábado. Eu apostaria que ele estava irritado pelo cartão amarelo levado por uma reclamação que ninguém viu. Antes dele, todos viram que Luan fez quatro reclamações acintosas e saiu livre.

Pior que a expulsão de Kleber foi a atuação dos urubus que rondam o Olímpico. Pedro Ernesto, por exemplo. Um pouco mais e pediria o esquartejamento do jogador em praça pública. Exigiu uma "punição exemplar". Mostrou estatísticas mentirosas de cartões que Kleber teria recebido (segundos cartões amarelos que viraram vermelho entraram duas vezes na conta, por exemplo). Esqueceu, propositalmente, de dizer que Kleber foi absolvido pela primeira expulsão. Expulsão esta que sofreu pelo seu histórico e não pelo que fez no campo. Sua sanha foi tão grande que registrou impropérios e baixarias no twitter. Agiu como marginal. Foi um pregador de moral vestindo cuecas. Mas não surpreendeu. Nada nos surpreende mais vindo desta imprensa esportiva gaúcha.

Kleber tem de ser advertido para que se lembre sempre que é marcado pelos juízes e pela imprensa caolha. Mais marcado ainda agora porque joga no Grêmio, o clube mais odiado pelos adversários. Mas Kleber não pode e não deve ser execrado pela torcida gremista. Se fizermos isto, estaremos jogando o jogo dos abutres.
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Por falar em abutres, alguém viu críticas a um determinado diretor de futebol que defendeu um jogador que mandou a torcida tomar no c* e se f*? Ou condenação à invasão do coliseu por um punhado de desesperados? Pois é ...