16 de setembro de 2012

O papo furado do Hernandéz [2]

Olímpico generoso acolheu craques e perebas como este Hernandéz

O Abraço ao Olímpico

Desesperado por mais acessos o Seu Algoz me pediu para escrever sobre o abraço ao Olímpico!

Aos poucos vai caindo a ficha, devagar (se fosse nos tempos do Seu Algoz, eu diria que aos poucos a telefonista vai completando a ligação, depois de dar mais umas três voltas na manivel, claro)!

O tempo é carrasco, quando menos esperamos, nos ceifa dias e horas preciosos, e assim foi, assim está sendo! Nosso Velho Casarão aos poucos vai virando saudade, história e lágrimas, muitas lágrimas! A torcida compareceu em peso. Cerca de 20 mil gremistas foram abraçar aquele que foi pátio e segunda casa de muitos. Notava-se nos olhares uma certa nostalgia, uma espécie de deja vu em tempo real, na frente de todos nós estava o palco de muitas conquistas, glórias e alegrias!

Foi um abraço de oito voltas, e nem assim contemplou a todos. Mas isso não importava, a torcida estava lá, mais uma vez como protagonista, mais uma vez com sua força e vontade, mais uma vez, pulsando com uma vibração de dar inveja a todos os outros! Eram tantos os rostos, novos, maduros, juvenis e pueris que era difícil se ater a somente um. Todos estavam maravilhados e saudosos. Todos queriam, de alguma forma, guardar na retina aqueles arcos, e aquela arquitetura. O Olímpico, meus amigos, é inigualável!

Eu não abracei ele, não, Terei outras maneiras de me despedir dele. Sejam os carrinhos que dei no gramado principal (sim, eu joguei lá dentro), sejam as vezes que minhas lágrimas respingaram no concreto sagrado, sejam as incontáveis explosões de alegria a cada gol, sejam as orações de Los Hermanos Hernández a cada jogo, seja o gol do Aílton em 96, seja o Tcheco com o gauchão de 2007, sejam os 5x0 sobre o Palmeiras, seja o que seja, o Olímpico vive em mim e vive em cada um de nós, um dia eu me despedirei dele, como e quando só Deus sabe!

O certo, meus caros amigos e leitores, é que minha despedida será material, jamais espiritual, pois o Olímpico viverá no coração de cada um que já adentrou os seus portões, cada um que entrou no Canaã Celeste, a terra prometida de todos os gremistas!

Viva o Olímpico! Ontem, hoje e para sempre!



Não há no mundo torcida igual a Tricolor (foto Ducker)