14 de setembro de 2012

O papo furado do Hernandéz [1]

Olímpico em foto de Rafael Dreher (Odonista safado)

O João Hernandez tem um blog que ninguém lê. Você pode visitar o blog aqui.
Falhou? Claro. Primeiro termina de ler este post, depois sim pode ir para o blog dele.
Pois o João já escreveu nos Geraldinos também mas acabou saindo. Ele é uma mistura de chileno com brazuca. Acho que tem um tanto de argentino no meio. O lado mais mala dele provavelmente é hermano. Mais mala sim, porque o Hernandéz é um mala completo.
Aí que ele me falou que queria escrever no Imortal e eu resolvi dar uma chance.
Pedi para ele escrever sobre a torcida nos jogos do Grêmio. Quer dizer, eu comento sobre o jogo no final e no outro dia ele fala sobre o jogo na visão do torcedor. As reações da torcida no jogo.
Depois que ele me mandou o primeiro post eu tive uma sacada.Lembrei que muitas e muitas vezes no Olímpico Monumental eu deixava de ver o jogo para olhar a torcida. Muitas vezes extasiado com a reação da massa. Outras, era um cara louco, ou bêbado, ou nervoso demais, ou ..., ou ... , ou ... que me atraia mais que a corrida do Tarciso para a linha de fundo.
Pois ele achou muito bom. A partir do próximo jogo do Grêmio, se você estiver no Olímpico, ou num bar, se o jogo for fora daqui, aquele cara feio com cara de babaca que ficar te encarando, pode não ser só um veado. Pode ser o Hernandéz te estudando para depois nos contar aqui as reações.
Como ele está ansioso para estrear, vai o post inicial dele. Ainda está afinando, pegando o jeito, mas acho que vai dar certo.
Boa sorte para ele. E para mim, pela ousadia.
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Grêmio 2 x 0 Náutico

João Hernandéz

Já frequentei quase todos os setores do Olímpico, cadeira central, lateral, social, geral e arquibancada! Já vi e ouvi de tudo, por isso meu enfoque neste blog será um pouco diferente. Não vou me ater tanto ao resultado dentro das quatro linhas, falarei do comportamento da torcida.

No primeiro tempo, os quase 30 mil gremistas não tiveram variação de humor muito grande. O Náutico não apresentou perigo e o Tricolor parava na defesa bem postada do time alvi-rubro, um jogo de xadrez que deixou a torcida sonolenta!

Em meio a alguns burburinhos sobre a vinda de Ganso, reclamação de que esse ou aquele jogador não estar jogando, e batidas mais ritmadas do tambor, o sentimento era um só, o segundo tempo vai ser melhor, já que o primeiro só havia arrancado um único "uuuuuh" da torcida, num cabeceio que explodiu a trave.

Após o cigarro, seja da procedencia que for, do meio tempo, os alto-falantes do Olímpico anunciavam duas trocas, Leandro no lugar de Fernando e Marco Antonio no lugar de Marquinhos! As vaias ao nome de Marco Antonio existiram, retumbaram e ecoaram pelo Velho Casarão! Um dia entenderei a rejeição ao nome de Marco Antonio. Por hora considero apenas que seja pelo fato de ele não ser o Messi.

A mesma voz que vaia, solta o grito de euforia! Marco Antonio abriu o placar e deu a torcida a tranquilidade necessária para esperar o segundo gol. O Náutico não esboçou reação efetiva, e quando o fez, os aplausos se manifestavam em favor de Grohe ou de Gilberto Silva. A tranquilidade parece ter feito as pazes com a zaga tricolor e com a torcida, nos sentimos seguros.

Kleber se encarregou da última explosão de gritos, na agradável noite de quinta-feira. Recebeu na entrada da área, girou e chutou no canto! A vitória estava selada e os sorrisos brotavam nos rostos tricolores. Não estamos mortos, estamos na briga, comendo pelas beiradas e fazendo de conta que não somos favoritos!

A torcida não bateu a casa dos 30 mil, mas as vaias não ecoaram, nem no fim do primeiro tempo sem gols! Aos poucos alcançamos a maturidade necessária, para o time e para o torcedor!

Duas semanas longe da nossa segunda casa serão complicados!

Paciência e sorte, tudo o que precisamos!

Até a próxima!

João Hernández - Pai, gremista e em estágio probatório neste blog
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Agora sim. O blog dele é este.
www.amanhaasonze.blogspot.com