13 de setembro de 2012

Não afogou o ganso mas se aliviou

Grêmio 2 x 0 Náutico

Primeiro tempo: 0 x 0

O Grêmio entrou em campo pressionado pelos resultados de ontem e pela ansiedade da torcida. Esperava-se que com maturidade suficiente para não deixar esta pressão influenciar no desempenho.
E o time entrou tranquilo. Tranquilo até demais. Tão tranquilo que não mostrou raiva, ira, indignação, impaciência e nem vontade de ganhar.
A rigor, em todo o primeiro tempo o Grêmio teve uma chance de gol. Escanteio batido na pequena área e Souza de frente para o gol deu uma bomba que explodiu no travessão e foi para fora.
Além deste lance, o primeiro tempo teve um careca vestido de kinder ovo, segundo @vrischtter, que demorou 30 minutos para dar uma falta a favor do Grêmio.
Pode ter sido o excesso de jogos. Pode ter sido a ausência de Zé Roberto. Pode ter sido a retranca do Náutico. Mas a verdade é que o time não conseguiu jogar com a intensidade que é característica do Grêmio. Com a gana que só o Grêmio sabe ter. Com a marcação por pressão que sufoca e apavora o adversário.
Assim, o 0 x 0 foi goleada. E o torcedor sentou para descansar preocupado com o segundo tempo.
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Segundo tempo: 2 x 0

O Grêmio voltou com Marco Antonio e Leandro nos lugares de Fernando e Marquinhos, respectivamente. E Leandro entrou mudando a cara do jogo. Até os 5 minutos duas boas jogadas já haviam sido criadas por ele. E o careca começou a roubar. Ao mesmo tempo o Náutico começou a ir mais para o ataque.
O jogo começou a mostrar o drama que é time sem laterais que vão para as pontas. Todas as jogadas eram emboladas pelo meio.
Aos 10 minutos o primeiro susto maior. O atacante do Náutico recebeu livre no meio da grande área mas não conseguiu dominar.
Aos 16 minutos, quando a coisa começava a ficar preta, Marco Antonio acertou um chute de fora da área e desafogou.
Enquanto isto o timinho fazia o seu papel, impedindo que o Botafogo mantivesse a mesma distância do Imortal. Gol de impedimento, mas isto não é mais notícia.
Aos 28 minutos Gideão, o goleiro com nome de herói da Biblia, fez uma grande defesa em chute de Leo Gago. 
A alegria pelo outro jogo acabou cedo, pois o timinho não soube segurar a vantagem que garantiria o milagre de ganhar uma fora.
Leandro infernizava a defesa e sofreu uma falta no risco da área. Elano chutou e Gideão espalmou.
Aos 47 minutos o desafogo. Kleber fez o segundo numa linda jogada de ataque.

No dia em que os boatos sobre Ganso avançaram sobre o jogo, a vitória sem brilho, sem tranquilidade, mas indispensável aconteceu.
Todos os jogos contra os times de baixo, à exceção do Figueirense, foram um parto natural sem anestesia para parir a vitória. Este foi um dos piores.
A rodada terminou como começou em termos de distância dos lideres, já que os quatro primeiros ganharam. A tendência, parece, vai ser esta. Os 4 de cima ganhando muito mais do que perdendo e os de baixo se comendo mutuamente. Uma visão pessimista vê que é uma rodada a menos para recuperar a distância. Uma visão otimista mostra que é uma semana a menos para ser alcançado pelos que vem de trás.
Qual a que você escolhe?
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Números do Olímpico
Público Pagante: 17.932
Público Não Pagante: 9.246
Público Total: 27.178
Renda: R$ 339.631,50
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Como jogaram

Marcelo Grohe: No primeiro tempo não foi exigido. No segundo também não.
Pará: Sofrível no apoio. Totalmente inoperante.
Gilberto Silva: Sem trabalho porque o Náutico não teve ataque.
Werley: Também não teve trabalho.
Pico: Muito mal no apoio.
Fernando: Saiu no intervalo após um primeiro tempo discretíssimo.
Souza: Sem criatividade perdeu um gol feito. Mas atrás foi bem.
Elano: Não repetiu as atuações anteriores embora tenha melhorado bastante no segundo tempo.
Marquinhos: Começou bem e depois se enredou na retranca. Saiu no intervalo.
Kleber: Não jogou nada no primeiro tempo e melhorou no segundo. Foi muito marcado o jogo todo pelo careca safado.
Marcelo Moreno: Sumido. Saiu sem ter chutado uma bola em gol.
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Leandro (Fernando): Entrou bem dando velocidade. O melhor em campo.
Marco Antonio (Marquinhos): Fez um grande passe. Depois fez o gol.
Leo Gago (Marcelo Moreno): Um belo chute.
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Pofexô: Mexeu bem o time no intervalo. Conhece do riscado.
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Heber Roberto Lopes (Fifa/PR), auxiliado por Ediney Mascarenhas (RJ) e Luiz Antônio de Oliveira (RJ): o de sempre: gordo, tem preguiça de marcar faltas para o Grêmio mas não tem para marcar contra. Pressionou Kleber o tempo todo.