Quanto vale um técnico que tem o poder de enfeitiçar a torcida, mas títulos que é bom, neca de pitibiribas?
E nada de Gauchão, e nada de Copa do Brasil, e nada de Brasileirão, e nada de Sula...
WC, o mago, diz que o presidente Fábio Koff está refém de Luxemburgo. Pois eu, Pitica, digo: o Luxemburgo está refém da falta de títulos. Isso é uma free way com duas rodovias. Não tem só ida.
E a volta pode ser bem pedregosa...
Se o Pofexô tiver juízo, ainda no desembarque no Salgado Filho, ele se agarra como cão raivoso ao contrato que o Grêmio lhe oferece e, ajoelhado, assina sem ler. A sedução não é perene. Um dia ela se esvai, assim como a água na bica.
Hoje já não sei, mas até ontem Luxa agia feliz como pinto no lixo. A partir de agora vai ter de piar fino com a torcida resfolegando no seu cangote. O torcedor é passional. O maestro perfeito de antes de ontem, transforma-se num estalar de dedos em um energúmeno que não entende nada de futebol. É assim. Todos sabemos disso há séculos...
Portanto, contar com a paixão da torcida para todo o sempre não é um bom negócio.
E sinceramente, espero que Luxemburgo não pertença àquela estirpe de técnicos vaidosos que comunga da seguinte teoria: eu ganho, eles perdem. Será?
Experto como ele só, acredito que não seria vaidoso a esse ponto.
E agora, Josué?
É pegar ou largar. Ficar se fresqueando, vai ser um mau negócio. Vá que o presidente Koff, depois do fiasco com nome e sobrenome de ontem, resolva mudar de idéia.
Mas para uma coisa a derrota nos serviu:
Nós , torcedores infiéis que temos a capacidade de entregar o corpo e a alma ao diabo sem dó nem piedade, vamos aprendendo na dor, que está para nascer a pessoa que pretenda ser maior do que o Grêmio.
Este sim é um Imortal.
São os deuses do futebol chamando à torcida à realidade nua e crua.
Seria um castigo dos céus?
Mas para nossa sorte, o Imortal Tricolor, que ama seus filhos, não guarda mágoas.
Amém.