22 de novembro de 2012

O gol contra da Caixa Econômica Federal

Quando eu tinha uns oito anos de idade, meus pais abriram uma caderneta de poupança para mim. Então, eu tinha minha pequena poupança e ia aprendendo  com o passar do tempo a importância de estar prevenida  para as surpresas do futuro.  Eu me sentia importante  e segura . E  toda gabola, ficava muito orgulhosa de ter um dinheirinho no meu nome em uma conta de banco. Foi minha primeira lição sobre finanças e  patrimônio público.
Assim, cresci  aprendendo  que existia uma instituição forte e séria, e acima de tudo confiável, que zelava pelo dinheiro das  pessoas: chamava-se Caixa Econômica Federal. Na minha imaginação de criança, a Caixa era um cofre  gigante que guardava muito dinheiro e era forte como ninguém. Era  grande e poderosa como o cofre do Tio Patinhas. Uma piscina de dinheiro... Os anos passavam e a cadernetinha ficava lá, repousando  segura  no fundo da  gaveta da cômoda do quarto da minha mãe.
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Cresci  e fui seguindo o curso normal da vida...
Em determinado momento, aquele dinheirinho da infância  que foi crescendo  e dando lucros para a Caixa, foi utilizado.  Continuei fiel e segui sendo cliente como mandava o figurino.
Mas agora , depois de saber que a o referido banco passará a patrocinar o Corinthians com uma quantia anual de R$ 35 milhões  , quero informar ao mundo que amanhã estarei me dirigindo a uma agência desse banco para encerrar a minha conta.
Gol contra da caixa.
Fui apunhalada por quem não esperava.
Mais uma vez, senti-me como a  boba da corte. A mesma boba que acompanha  amarrada as maracutais da CBF e da seleção brasileira.
Já que é para chutar o balde, vamos chutá-lo dos dois lados.
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Sendo assim, decidi que não vou ajudar a Caixa Econômica Federal  a ter lucros com o meu dinheiro  para ajudar o Corinthians , um clube que nada tem a ver comigo e que já ganhou de presente um estádio do governo Federal, em detrimento dos outros clubes.
Pois então,  já que a Caixa Econômica Federal  faz distinção entre seus consumidores, que atraia para a sua carteira de clientes os torcedores do Corinthians. Isso será mais justo.  Não quero atrapalhar o amor entre eles. Como  vai ajudá-los a ficar ainda mais fortes economicamente , então deixo o banco  à vontade para que tenha grandes lucros sobre o patrimônio dos  mesmos. A Nação corinthiana agradecerá a deferência.
Se não sirvo para ter meu time contemplado, também não sirvo para ajudá-los a ganhar mais dinheiro para patrocinar os adversários do meu  Grêmio.
Simples e lógico.

Saudações tricolores!!!