1 de novembro de 2012

A Arena e o careca com nome de veado francês

Arena


A Arena cresce espetacularmente ao lado da free-way e causa orgulho a todos os gremistas e a todos os gaúchos inteligentes.
A inauguração está marcada com toda a pompa para o dia 8 de dezembro. e Aí surgem dois problemas importantes, na minha opinião.
O primeiro é sobre a Arena em si: qual o custo em termos de qualidade e durabilidade do estádio por conta desta aceleração de obras para conseguir inaugurá-la em dezembro? Fotos recentes mostram que, em que pese a velocidade das obras, há muita coisa ainda a ser feita, especialmente nos acabamentos. E todos que trabalham em engenharia sabem que a pressa é amiga da patologia. Patologia na construção é a trinca na parede, o revestimento cerâmico caindo, a cadeira afrouxando e soltando, a argamassa descolando da parede e do teto, os vazamentos nas tubulações, etc. Todos estes problemas são, aparentemente, menores, mas trazem muita incomodação e gastos com manutenção.
Não poderia, ou melhor, não deveria ter esta inauguração sido marcada para o final de janeiro ou início de fevereiro?
O outro problema é mais grave. Todos os times brasileiros entram em férias dia 5 de dezembro. Aquele que chegar na final da Sulamiranda jogará até dia 12 de dezembro. Na melhor das hipóteses (ou seria a pior das hipóteses?) o Grêmio entrará em férias dia 12 de dezembro. Neste caso, voltará das férias no dia 12 de janeiro tendo o primeiro jogo da Libertadores em torno do dia 25 de janeiro? Pegará este jogo exatamente no momento em que as pernas dos jogadores estarão duras pela carga física pesada da pré-temporada? Poderá o ano ser jogado fora no primeiro jogo?
Ah, mas inaugurando ou não a Arena teria este jogo no dia 12, você dirá. Teria ou não, digo eu. E se tiver, está certo fazer uma festa bem no meio de dois jogos decisivos?
O que vocês acham?

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O veado francês


Alguns questionaram o item do post anterior em que falo do problema, mais um, em que o timinho foi favorecido, mais uma vez, em um problema de arbitragem.
O que eu levantei para discussão no blog não foi se houve ou não a mão e muito menos defendi que o jogo seja anulado.
Claro que tudo que possa trazer tristeza e incomodação aos moranguinhos me alegra. Até porque, todo mundo sabe as condições com que eles obtiveram os poucos títulos relevantes e, também, porque nunca foram para a segundona para de lá nunca mais sair.
O que está em discussão agora, e isto é da maior relevância, é até onde os 25 juízes panacas que atuam num jogo devem ir para garantirem o acerto das decisões. Há quem diga, aliás, que muitos árbitros não querem ir a lugar nenhum. É muito mais cômodo jogarem os "erros" no fator humano. Se é que me entendem.
Mas pegamos aqueles que são honestos mas frouxos. Qual o limite?
No jogo de sábado fica evidente, cristalino e sem dúvida nenhuma que o juiz pediu para o careca com nome de veado francês olhar em algum lugar para discernir sobre o lance. "Vê aí Jean! Vê aí!". Isto até os cegos conseguiram ler esta frase nos lábios do meritíssimo.
Vê aí aonde paisano? É claro que foi na tv. Ou melhor, como não havia tv na beira do gramado, era para ver com alguém que estava próximo de uma. Os jornalistas, por exemplo.
E agora? Vai-se fingir que isto não aconteceu?
E admitindo-se que aconteceu o que realmente aconteceu, como fica? Vai-se validar um gol ilegítimo mas anulado ilegitimamente? Ou se vai beneficiar aquele que fez gol ilegítimo com a anulação do jogo?
Eu tenho uma solução simples mas didática: suspende-se todos os árbitros envolvidos no caso por 6 meses.
Os outros pensariam 50 vezes antes de adotar o mesmo procedimento daqui por diante.
E nós gremistas, ficaríamos um glorioso ano sem o risco de nos defrontarmos com o careca com nome de veado francês nos nossos jogos.