18 de novembro de 2012

Quanto vale um técnico?

O leitor Luis Mário deixou o seguinte comentário no post que escrevi “E agora, Josué?
Diz ele:
“Concordo totalmente com a jonassilveira qdo diz:
'' Luxemburgo está treinando um time montado por Caio Júnior. Aí está o problema. Vamos trocar de treinador novamente pra ter que reformular o grupo e queimar dinheiro?
As contratações de Luxa foram Zé Roberto, Werley, Pará e Elano. Onde estaríamos no Brasileirão sem eles? ''
Futebol necessita de planejamento, o Luxa chegou no início deste ano...
Futebol é planejamento, se trouxer outro técnico agora e ele resolve q tem q reformular todo o grupo? o grêmio tem um elenco razoável, precisa de zagueiro, q tem apenas os titulares e outras contratações pontuais, reposição de eventuais saida.
... Grêmio se faz exemplo qdo lembramos da sequencia de trabalho dada a Mano Menezes, q subiu o time de volta à série A em 2005, foi eliminado pelo 15 de novembro de Campo Bom na copa do Brasil de 2006 na 2a fase e foi mantido. No Brasileirão em 2006 ficou em terceiro e em 2007 foi vice da Libertadores(sendo campeão gaúcho em 2006 e 2007). O Grêmio poderia ter optado por um técnico mais experiente (depois da decepção da copa do Brasil), mas não o fez, investiu no técnico, deixou este impor uma filosofia de futebol no clube, montar elencos de ano pra ano e obteve resultado.
Então temos os últimos dois resultados mais importantes do Grêmio resultantes da manutenção de técnicos. Não há dúvidas de o Luxemburgo merece a chance de reestruturar as categorias de base, criar uma filosofia de futebol e pensar a formação de um elenco.
Admito q não gostei qdo ele foi anunciado o novo treinador, achava q ele não tinha a cara do Grêmio, mas fui obrigado a torcer o braço depois do excelente trabalho q ele vem fazendo.
Não dá pra querer q o cara chegue ganhando já, daí já é querer demais. O Luxemburgo começou a qualificar o grupo do Grêmio depois da Copa do Brasil com a chegada de Werley, Elano, Zé Roberto, Pará, a recuperação do Pico...
Antes disso ele treinava um time montado por outro técnico.
Mas e aí, Pitica, q q tu tem a me dizer?
Tu acha q o Luxemburgo não merece a mobilização da torcida pela sua permanência?
A torcida faz a sua parte, tentando atingir o emocional do técnico.
Não vejo nenhum fanatismo pelo técnico e sim reconhecimento por um trabalho q hoje coloca o Grêmio vice campeão brasileiro, tendo um elenco pior pelo menos q São Paulo, Inter e Fluminens e talvez Corinthians, Vasco, Atlético-MG...
Obrigado
Aguardo retorno.”
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Prezado Luis Carlos,
Concordo com tudo o que disseste. 
No Brasil, os clubes têm o péssimo hábito de trocar de profissionais a todo instante, como forma de abafar a pressão incontrolável da torcida.
Concordo, também, que sem sequência no trabalho é muito difícil alcançar bons resultados. O problema é aguentar a pressão da torcida , que na maioria das vezes é passional. Tempos atrás, ouvi um dirigente de um clube afirmar : “a torcida não tem cérebro.” Ele quis dizer: ela quer  é  vencer a qualquer preço e quase nunca pensa na realidade financeira  do clube.
Eu também desejo a permanência do técnico Luxemburgo. Ninguém é campeão tantas vezes, sem ter ótimas qualidades profissionais. Mas considero que para ganhar uma babilônia de dinheiro, o profissional tem de dar  títulos em troca , vitórias incontestáveis no clube em que trabalha. E até o momento, ele não nos deu isso.
Não acho que o clube tenha que fazer loucuras  para manter um técnico.
Mesmo com algum título na algibeira, considero os salários  atuais que dizem que esses profissionais ganham no Brasil , uma insanidade.
Não vamos esquecer que vivemos em um país onde as desigualdades sociais são enormes e o fosso entre ricos e pobres é imenso.
Não concordo que um técnico ganhe mais de R$ 1 milhão por mês e o roupeiro que convive com ele no vestiário ganhe pouco mais de um salário mínimo.
O custo-benefício até agora, não justifica o Pofexô fazer tantas exigências.
Se ele tivesse sido campeão brasileiro, qual seria o seu limite?
Na minha opinião,  ele ainda tem muito a mostrar  no Grêmio.
Só isso.
Abraço